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Entre as montanhas de Brusque, em Santa Catarina, André Gohr construiu uma trajetória de mais de 20 anos sobre duas rodas. É ali, nas estradas sinuosas e nas subidas que parecem não ter fim, que o atleta moldou sua resistência e disciplina — duas marcas registradas de uma carreira que agora ganha mais um capítulo importante: o Campeonato Mundial de Gravel 2025, que será disputado nos dias 11 e 12 de outubro na região de Zuid-Limburg, na Holanda.
Ao lado de Henrique Avancini, bicampeão mundial de XCM, André será um dos primeiros brasileiros a competir na categoria Elite do Mundial de Gravel, representando o Brasil em uma das modalidades que mais cresce no ciclismo mundial.
“Vestir o uniforme da Seleção Brasileira e defender as cores do Brasil não é algo novo para mim. Tive o privilégio de representar o país desde as categorias de base até o profissional. Mas cada nova convocação carrega uma emoção única”, comenta o atleta.
Natural de Brusque (SC), André Eduardo Gohr começou no ciclismo ainda jovem, inspirado pelo pai, Eduardo Gohr, que também foi atleta. Desde cedo, ele mostrou talento em provas de contrarrelógio, conquistando títulos nacionais nas categorias de base e chamando atenção pela técnica e regularidade.
Em 2014, participou de um programa de formação no Centro Mundial de Ciclismo, em Aigle, na Suíça — um passo decisivo em sua evolução. Poucos anos depois, passou a integrar a equipe Soul Brasil Pro Cycling Team, onde consolidou sua carreira no ciclismo de estrada.
Entre os resultados mais expressivos, estão o título de campeão brasileiro de contrarrelógio em 2019 e pódios em provas nacionais e internacionais. Em 2025, André também foi destaque na Race Across America (RAAM) — uma das provas mais desafiadoras do mundo, com quase 5 mil quilômetros cruzando os Estados Unidos de ponta a ponta — onde conquistou o título na categoria em que competiu.
Hoje, Gohr vive um momento de transição que combina performance e gestão. Além de seguir competindo em alto nível, ele também atua na organização de grandes eventos, como o Gran Fondo UCI e o UCI Gravel Brasil, ajudando a fortalecer o ciclismo no país.
“É uma nova fase da minha vida. Hoje estou à frente da organização de grandes eventos, mas ainda tenho pernas e vontade de performar por mais alguns anos”, conta.
O Mundial de Gravel 2025 será disputado em um cenário deslumbrante e exigente, com largada em Beek e chegada em Maastricht. O percurso, um circuito de aproximadamente 50 quilômetros, combina estradas rurais, setores de cascalho e trilhas em meio às colinas do sul da Holanda. Entre os trechos mais duros está o Bronsdalweg, uma subida de mais de um quilômetro com média de 8% de inclinação — ponto decisivo para os favoritos.
Competindo com a Seleção Brasileira, André leva para a prova não apenas o peso de uma bandeira, mas a soma de duas décadas de dedicação, disciplina e amor pelo ciclismo.
Entre os treinos nas montanhas de Brusque e o sonho de representar o Brasil nas estradas do mundo, Gohr segue pedalando firme — provando que o verdadeiro atleta não é definido apenas por títulos, mas pela constância com que busca sempre ir além.
Assista ao vídeo completo aqui: Destino Mundial Gravel - André Gohr